Ao escrever o nome já sinto um aperto no peito, durante uma década nesta instituição de ensino, praticamente, tive meu crescimento acompanhado por diferentes professores, que demonstravam a mesma intensidade de seus sentimentos por estarem fazendo parte de minha história, diretores e fases que tenho certeza que duraram um tempo maior do que muitas vidas a terem plenamente se desenvolvido. As lições que recebi e acredito que tenha também ensinado são as mesmas que me tornaram forte e me fizeram galgar a vaga que ocupo.
No Rondon tive momentos completamente opostos, no Ensino Fundamental fui a aluna excluída por sua turma, de fato pela parte feminina que a compunha, mas nada que me abalasse profundamente já que a companhia e as aventuras dos guris me pareciam muito mais interessantes. (Incrível episódio, pois ao analisarmos os pequenos, geralmente, estes não gostam de ver um colega isolado e tentam reunir um grupo através de sua ingenuidade e objetivo comum do brincar...)
Confesso que por vezes chorei, afinal era uma criança e não entendia a diferenciação por ser a "novata". Talvez pela maneira que me comportasse ou pela uma timidez exacerbada que levava a uma retração total na participação das atividades e evidenciada em alguns textos observados pela professora Dulce fizeram com que ela adotasse a melhor atitude que uma professora já realizara em meu ensino: Trocar-me de turma!Com a mudança, literalmente, transformei-me em uma pessoa comunicativa e destemida, já que de alguma maneira aquela turma oprimia o carisma e limitava o desenvolvimento de meu ensino, exemplo clássico da influência do meio sobre os seres.
No Ensino Médio, com a parceria do Instituto Unibanco e a confiança que obtive de meus mestres, pude colocar algumas metas em prática e posso afirmar que de tal forma minha formação fora diferenciada, não apenas assisti às aulas como também atuei e busquei inovar o ambiente escolar. Ápice dos manifestos que conduzem cada qual à sua personalidade e aos objetivos de vida, definição de parte da certeza daqueles que terás ao teu ledo em toda a tua trajetória, minha percepção para este que é um dos principais momentos a que todos um dia passarão, se a oportunidade lhe for ofertada.
Com a aprovação na Universidade todas as emoções afloram do coração e manifestam-se por lágrimas , sorrisos, gritos, justificando toda a luta que travei para a realização deste sonho aos 17 anos - inspire-me, desde pequena, em meu pai que também ingressara com esta idade na jornada preparatória ao futuro. Este é um relato breve, talvez não contenha todas as palavras que gostaria de escrever acerca do tema, provavelmente porque muito emocionada tenho os olhos marejados e com suspiros seguro minhas lágrimas.
Sou e sempre serei grata aos meus mestres, ao Colégio Estadual Marechal Rondon (minha segunda casa), aos meus amigos e colegas que peço perdão por não ter tido um contato maior. "Apenas os tolos aprendem com suas próprias experiências!", mensagem da minha primeira aula como universitária!
PS: #Fatos marcantes: Ao atravessar o portão da Unisinos, escutando ao programa Pijama Show da rádio Atlântida, tive como trilha sonora a mesma música que escolhi para minha entrada de formatura (Every Teardrop is a Waterfall - Coldplay) e acima próximo as nuvens um avião sobrevoava o campus: voos mais altos e não menos arriscados, enfim começo a pilotá-los!
"Prefiro ser uma vírgula a um ponto final!"