7 de outubro de 2011

Confesso...

Que cada amanhã tarda,
Como tarda há existir o esquecimento.
Que nada há de ferir-me mais
Do que todos estes acontecimentos citadinos,
Que nada compete a mim...
Que também não lhe venha a competir!
Que enquanto amanhece,
Sigo insone, sem sequer saber uma prece...
Que o desejo de apressar os meses
É o mesmo de torná-los ínfimos...
De que me adianta ter cada vez mais,
Se valorizo cada vez menos?
                        [(Hipocrisia seria dizer-me que também não sinta o mesmo!)]
Que a cada grito,
Um sussurro venha a ser ouvido...
Que a cada vez que eu venha a chorar,
Uma nova lágrima venha a tornar-se na vertente da dor
Oprimida pelo transparecer
Firmeza àqueles que necessitam
Encontrar em ti a força para prosseguir
Resiliente a tudo e a todos!
Confesso que nada tarda tanto quanto o extermínio da mentira
Difundida pelas ruas e destruidora de lares e famílias!


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