2 de maio de 2011

El Tiempo que no se perdio - O Tempo que não se perdeu (Pablo Neruda)

No se cuentan las ilusiones - Não se contam as ilusões
ni las comprensiones amargas, - nem as compreensões amargas,
no hay medida para contar - não há medida para contar
lo que no podría pasarnos, - o que não podia acontecer-nos,
lo que rondó como abejorro - o que nos rondou como besouro
sin que no nos diéramos cuenta - sem que tivéssemos percebido
de lo que estábamos perdiendo. - do que estávamos perdendo.

Perder hasta perder la vida - Perder até perder a vida
es vivir la vida y la muerte - é viver a vida e a morte
y no son cosas pasajeras - não são coisas passageiras
sino constantes evidentes - mas sim constantes, evidentes, 
la continuidad del vacío - a continuidade do vazio,
el silencio en que cae todo - o silêncio em que cai tudo
y por fin nosotros caemos. - e por fim nós caímos.

Ay! lo que estuvo tan cerca - Ai! o que esteve tão cerca
sin que podiéramos saber - sem que pudéssemos saber.
Ay! lo que no podia ser - o que não podia ser
cuando tal vez podía ser - quando talvez podia ser.

Tantas alas circunvolaron - Tantas asas circunvoaram
las montañas de la tristeza - as montanhas da tristeza
y tantas ruedas sacudieron - e tantas rodas sacudiram
la carretera del destino - a estrada do destino
que ya no haya nada que perder - que já não há nada para perder.

Se terminaron los lamentos. - Terminaram-se os lamentos.  





Nenhum comentário:

Postar um comentário