19 de setembro de 2011

Deus e o Diabo na terra do SOL...

Sou leitora assídua do jornal Diário de Canoas e de sua versão dominical  ABC, ressalto as colunas de Francisco Ferraz e de Walter Galvani como instrumentos de preparação ao ENEM e ao Vestibular, tanto que os comentários destes surgiram exatamente como respostas que satisfaziam a questões de Simulados e com sorte também aos desafios anteriormente citados. Hoje destaco um dos melhores textos de Galvani deste ano, concordo do princípio ao fim de todas as ideias transcritas, que compiladas formaram este belo exercício que intimida a reflexão de quem somos, o que fazemos e o que queremos na Terra que habitamos e ao mesmo tempo desprezamos!!  

"O norueguês louco, o brasileiro assassino e suicida que atirou nas crianças da escola de Realengo, o cara que degolou a namorada, os religiosos extremistas que amarraram uma bomba na barriga, enfim todos estes desequilibrados que matam em nome de Deus, do Diabo, da Pátria, da Justiça, da Injustiça, todos estes que trocam a vida das pessoas pelos seus cinco minutos de fama , todos eles têm o meu desprezo, mas isso não é suficiente...
Poderia escrever aqui que eles têm também o meu ódio, mas como as reservas de raiva deles são maiores do que as minhas, como aprendi que é preciso dar a outra face a quem te bateu no lado direito do rosto, não me sinto como a pessoa capaz de propor uma solução para esta humanidade desvairada que viaja no planeta Terra neste dia 31 de julho de 2011, enquanto seguimos esta rota estelar.
Acho que existe uma coisa que se pode denominar tolerância, sem escorregar no medo ou na covardia, algo que poderia ser classificado como educação e elegância no trato com os demais animais que povoam nossa precária nave, mas também existe uma coisa chama impunidade que, infelizmente, gera monstros humanos nos pontos mais inesperados do globo terráqueo.
Gente que se baba de gozo vendo a sua loucura alcançar a repercussão mediática que imaginou para si, ao verificar que o mundo inteiro, num segundo, toma conhecimento de sua hiperbólica loucura, quando antes, nem que levasse anos chegaria ao conhecimento de todos os povos.
Há dias que transita pela minha cabeça a sequência de monstruosidades que o bicho homem é capaz de fazer ao bicho homem, pois não se conhece nenhum outro animal que o faça, e então, só posso apelar para as reservas de solidariedade daqueles com quem mantenho relações de proximidade e trocas, para que façamos uma rede de repúdio à essa gente miserável.
Melhoramos o mundo? Provavelmente não. Mas, pelo menos poderemos dizer, que apesar de tudo acreditamos que a sanidade mental é um bem digno de ser alcançado e cultivado e que não a trocaremos pelo medo, pela covardia ou pela rendição.
Polícia, Exército, Cidadãos! Formai vossos batalhões como em 1789. A civilização precisa derrotar a barbárie."


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