6 de fevereiro de 2012

2012 - De verdade Juntos!

Antes de mais nada FELIZ 2012, caros leitores!! Um sincero DESCULPA também é bem vindo...
Sim ,"Eu tenho fé na Força do Silêncio" e confesso que, por oras, arrependo-me de não ter encerrado o primeiro ano via Blogger com um texto especial e repleto de agradecimentos pelo apoio que tenho recebido e sem o qual não continuaria escrevendo. Não recebo muitos comentários dos posts, mas os poucos que chegam são suficientes se comparados com o número de acessos da página (que me surpreendem sempre, por isso MUITO OBRIGADA!).
Porém, certas coisas acontecem por determinadas razões inexplicáveis, se existirem, (ressalto que  falo com o coração e o Português é só o idioma que tenho utilizado, mesmo que com erros e/ou redundâncias) entendo que não era para tê-lo escrito, porque a vida daquela que vos escreve tem algumas páginas incompletas e alguns borrões  que as lágrimas fizeram aparecer neste 2011. Subjetividade é parte de minha alma, não vou fazer detalhes do que me fez chorar, por outro lado, vou compartilhar algumas experiências que têm me feito repensar em como viver ou até mesmo sobreviver como essência, como um ser que com pouca  idade tem seus sonhos e muitas vezes encontra limites no caminho e tende a eliminá-los ou a refazer a rota com o tempo. (Não, não estou querendo  falar de uma vida atada à rotina sem a qual muitos não saberiam a sua maneira de existir num 'mundo globalizado e de contrastes').
* Para muitos já perdeu o sentido, mas no commuting diário de Canoas a Porto Alegre, nas trilhas do trem, cruzam-se inúmeros destinos. Observar a velocidade e a ferocidade do cotidiano, ambas  não muito distantes, pelos olhos cansados daqueles desconhecidos e que de certa forma ficavam curiosos pelo o que eu estava lendo.  Lia as leituras obrigatórias para o vestibular da UFRGS (caso algum curioso desconhecido pelo acaso venha a ler esta página), mas aqueles livros também eram escudos em que eu  apoiava minha curiosidade. Cariocas, coreanos, interioranos, altos, baixos, estranhos e simples que juntos naquele vagão transportavam suas preocupações. Enquanto eu os olhava, percebia que a cada dia reservavam aquela "viagem" à futilidade e por fim concluía que por tantas vezes repetida o Guaíba nem era visto, criavam um mundo único e habitado por males que poderiam ser resolvidos por uma conversa (lembrando algo persistente nas colunas de Paulo Coelho: às vezes a Vida tem algo a dizer por pessoas desconhecidas, não simples pessoas, mas anjos reunidos em determinado local e que saem sem concluir sua missão por medo daquilo que não estão acostumados). Conversei com alguns, recebi conselhos que nem o mais íntimo amigo meu poderia dar, porque aquele que me aconselhava nem sabia o que eu estava passando e muito menos o meu nome. Relato breve de uma senhora (espero revê-la no C2 um dia): "Guria...tão nova e tão preocupada, expressão séria quebrada por um sorriso, não? Muitos jovens não gostam de conversar com velhos, mal sabem eles o que perdem...Sabe, eu não tenho medo dessa minha velhice, levo como experiência de vida e te parabenizo por estar me ouvindo. Teu futuro vai ser brilhante, vejo nos teus olhos, sei que não é fácil...mas o que é? Minha neta faz o mesmo curso que tu queres (Relações Internacionais), idiomas, cursos, viagens, mas o que importa são as pessoas desse planeta, não? Segue com a cabeça erguida, não leva apenas as desilusões, nunca deixa de perseguir teus sonhos! Te cuida, minha filha e até um dia!" - 10 minutos que valeram todo o dia!
* Ruas de Porto Alegre, calçadas com problemas comuns a tantas outras cidades, pombos além do normal destas. "Artemosfera" espalhada pela cidade, como na Av. Mauá -"Por trás do muro"- uma sequência de imagens do Guaíba e na Borges de Medeiros algumas fotos "sofridas" como uma árvore em meio a uma tempestade descomunal. Em meio a confusão citadina, um lembrete de que tudo ainda é parte da natureza modificada pelo homem.

*PS: Vou deixar a conclusão do texto para uma continuação, para que não se cansem...sei que aqueles que leram até aqui são os mesmos que sempre encontrarão neste um refúgio seguro e que os abraça a qualquer hora! Até a próxima!
 

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